A atmosfera de festa está por toda parte. As luzes brilham, as músicas natalinas ressoam, as crianças estão empolgadas. A alegria do Natal, porém, pode ser nublada por circunstâncias reais, que não só persistem a despeito das festas, mas podem até mesmo se acentuar durante esta época do ano. Jeremy Lelek, presidente da Association of Biblical Counselors, convida-nos a não ignorar a presença intrusiva da dor que resulta da convivência com familiares difíceis, do primeiro Natal após a morte de um ente querido, de dificuldades financeiras da família ou do isolamento e solidão que podem sobrevir mesmo quando não queremos.
No artigo Encontrando a paz neste Natal, estão algumas sugestões práticas para celebrar o Natal a despeito das circunstâncias.
.• Relacionamentos difíceis na família − Lembre as palavras penetrantes de Jesus Cristo: “Mas eu digo a vocês que estão me ouvindo: Amem os seus inimigos, façam o bem aos que os odeiam, abençoem os que os amaldiçoam, orem por aqueles que os maltratam. Que mérito vocês terão, se amarem aos que os amam? Até os ‘pecadores’ amam aos que os amam” (Lc 6.27, 28, 32). Procure viver para o propósito maior e mais glorioso para o qual você foi criado. Não se prenda a quão irritantes ou frustrantes os membros da sua família podem ser nem se concentre em pensar o quanto e como eles precisam mudar. Ao invés disso, reconheça as dificuldades que você enfrenta com eles como um contexto em que você pode (e é chamado a ) mudar para refletir melhor a Cristo (Rm 8.28-29). O que é mais importante para você − que as pessoas correspondam aos seus desejos ou que você corresponda ao chamado de Deus?
• Primeiro Natal sem um ente querido − Paulo exorta os cristãos em 1 Tessalonicenses 4.13: “Irmãos, não queremos que vocês sejam ignorantes quanto aos que dormem, para que não se entristeçam como os outros que não têm esperança”. Os crentes em Jesus Cristo sentem a dor da perda, mas seu luto deve assumir uma conotação diferente da tristeza dos descrentes. Não existe uma pílula mágica para aliviar a dor da perda. No entanto, manter o foco em Cristo ao passar pela experiência do luto pode fazer toda a diferença. Três recomendações: primeira, relembre o dom precioso do amado Redentor, que deu a própria vida para que a morte fosse eternamente destruída, e dê graças por este sacrifício maravilhoso. Segunda, use a intensidade com que você conhece a perda para aliviar a dor de outros por meio de palavras amáveis, interesse sincero ou um gesto carinhoso de “amor a Deus” e “amor ao próximo” (Mt 22.37-39). Terceira, agradeça a Deus pelos bons momentos e as lembranças preciosas que você guarda.
• Dificuldades financeiras − Seja um bom mordomo dos recursos que Deus lhe deu. Resista à pressão cultural, típica desta época do ano, de gastar simplesmente para agradar aos outros. Considere a sabedoria de Paulo, que disse: “Aprendi o segredo de viver contente em toda e qualquer situação, seja bem alimentado, seja com fome, tendo muito, ou passando necessidade” (Fp 4.12). Interprete as possíveis dificuldades desse ano como um momento em que a mão do Deus misericordioso está guardando você e sua família da vaidade do consumismo, e considere como bênção poder perscrutar o sentido mais profundo do Natal.
• Isolamento e solidão − Se por alguma razão as festas natalinas o surpreenderem com mais tempo a sós do que você gostaria ou está acostumado, considere o seguinte: estabeleça em seu coração o propósito de se concentrar em amar a Deus e os outros nesta época de Natal (Mt 22.37-39). Planeje ser uma bênção de forma prática para um amigo, um parente ou vizinho, em vez de focar, por antecipação, no medo da solidão que você poderia sentir neste Natal. Recuse-se a mergulhar na autocomiseração. Planeje um passeio, uma visita a um parque. Ao admirar a beleza da natureza, lembre-se do Criador e Sua presença eterna como você (Rm 1.20). Quando estiver sozinho, encontre conforto em Seu amor e Sua presença. Separe um tempo para abrir sua Bíblia e leia a história gloriosa da redenção que Deus ofereceu gratuitamente a você. Adore a Deus!