Bethany Baird
Meu cabelo estava uma bagunça, eu tinha feito apenas metade da minha maquilagem, estava atrasada e uma amiga querida já estava me esperando no restaurante para o almoço. Atravessei a porta correndo para ir ao encontro dela.
Fui pegar a maquilagem no banco de passageiro para completar o que faltava – sim, admito que às vezes eu faço minha maquilagem enquanto dirijo – e não havia nada no banco. Procurei no banco de trás, em baixo do meu banco, em baixo do banco de passageiro, e não encontrei nada.
Nãaaooo! Eu me dei conta de que havia deixado a maquilagem no balcão da cozinha. Definitivamente, aquele não era meu dia — atrasada, maquilagem incompleta, minha amiga à espera no restaurante durante 30 minutos por causa da minha doidice. Graciosamente, ela me perdoou por estar atrasada e ninguém pareceu se importar com minha maquilagem incompleta.
Essa é a parte da história que eu não queria contar.
Eu queria poder dizer que meu orgulho não fora tão grande quanto foi, mas essa é a hora da verdade. Durante aquela fase da minha vida, eu estava inteiramente obcecada com o que os outros pensariam de mim. Eu odiava a ideia de não estar bonita e de não ter feito uma maquilagem perfeita. Eu queria que os outros pensassem que eu estava em forma, tinha um rosto bonito e era atraente para qualquer pessoa que me olhasse. Sem nem mesmo perceber, eu havia caído na mentira de que necessitava ter uma aparência perfeita para ter valor.
Eu baseanva o meu valor como mulher no que os outros pensavam de mim.
Se as pessoas me achassem bonita… eu me sentiria bem.
Se as pessoas achassem que eu estava em forma… eu me sentiria bem.
Se as pessoas gostassem de algum aspecto da minha aparência… eu me sentiria bem.
Novamente, sem mesmo perceber, eu estava permitindo que pessoas desconhecidas determinassem o meu valor.
Sou muito grata a Deus por Ele ter me mostrado o quanto minha maneira de pensar estava errada e por me permitir crescer nessa área. Sei que Cristo, como meu Criador, é o único que pode determinar o que me faz ter valor. Quando me lembro dessa verdade, fico aliviada porque não tenho mais de me medir pela opinião dos outros, por aquilo que eles pensam ou pelas suas expectativas a respeito da minha aparência física. Posso viver em liberdade, sabendo que meu valor como mulher não está baseado no quanto meu abdômen está definido, minha pele está perfeita e minhas pernas estão sem celulite, ou no quão magra eu penso que deveria estar. Meu valor não tem nada a ver com ter um corpo perfeito, mas sim com o que Cristo fez por mim.
Eu serei a primeira a admitir que o meu corpo não é perfeito.
Tenho muitas áreas no meu corpo que são imperfeitas e ficam aquém do “ideal”. Não estou sempre na melhor forma, e minha pele tem mais espinhas do que eu gostaria. Apesar das imperfeições, estou satisfeita, pois sei de onde vem o meu valor.
Se vocês são como eu, também já tiveram lutas nessa área. É difícil não ter essa dificuldade quando vivemos em um mundo obcecado pela aparência física. Apesar da obcecação do mundo ao nosso redor pela perfeição, como mulheres cristãs, não devemos cair nessa mentira. Podemos permanecer livres nessa área. Quanto a mim, consegui verdadeiramente aceitar o corpo que Deus me deu e não andar obcecada pelas imperfeições, e gostaria que você começasse a fazer o mesmo!
Aqui estão algumas dicas que realmente me ajudaram a me libertar das dificuldades que eu tinha nessa área.
– 1 – Cuidado com o que você vê.
As imagens podem ter, e normalmente têm, um grande impacto na maneira de nos enxergamos. Se você está alimentando sua mente com as imagens de mulheres ´´perfeitas´´ de revistas, redes sociais, filmes, vídeoclipes, e assim por diante, você precisa dar um passo para trás e considerar como isso influencia a maneira de você enxergar a si mesma. Verifique se isso a está ajudando ou prejudicando nessa área.
– 2 – Não se compare com outras mulheres.
Deus não a criou para ser igual a outras mulheres. Ele a criou para que você se pareça com você mesma. Suas qualidades são únicas. Não se compare com suas amigas, com as celebridades ou com as desconhecidas que você vê no shopping. Alegre-se e seja quem Deus a criou para ser. Se você escolher ser grata, e aceitar o corpo e a aparência que Deus lhe deu, você terá uma satisfação muito maior. Não perca seu tempo comparando-se com outras mulheres. Ao invés disso, decida ser grata a Deus.
– 3 – Tenha o peso ideal para o seu corpo.
Percebi que fico mais contente com meu corpo quando minhas refeições são saudáveis, pratico exercícios físicos e aceito o corpo que Deus me deu. Ao invés de me matar na tentativa de me tornar tão magra quanto as modelos das passarelas, esforço-me para ter um peso saudável. Eu não sou você. Você é você, e você não é igual a mim. Cada uma de nós fará o seu melhor para cuidar do corpo que Deus lhe deu e ter o peso ideal para o seu biótipo.
– 4 – Creia que é Deus quem define o seu valor.
Foi Deus quem a criou e só Ele possui a autoridade para definir o que lhe atribui valor. Está na hora de focar no fato de que nenhuma pessoa do mundo – seja seu namorado, seja sua melhor amiga, sua mãe, seu pai, seu chefe e assim por diante – tem autoridade para definir o seu valor. A próxima vez que você se sentir desanimada, lembre-se de que o seu Criador é quem a define.
´´Tu criaste o íntimo do meu ser e me teceste no ventre de minha mãe. Eu te louvo porque me fizeste de modo especial e admirável. Tuas obras são maravilhosas! Digo isso com convicção. Meus ossos não estavam escondidos de ti quando em secreto fui formado e entretecido como nas profundezas da terra.´´ Salmo 139. 13-15
Sua vez
Qual dos quatro conselhos você tem mais dificuldade para seguir?
De que maneira você pode criar uma visão baseada na Palavra de Deus a respeito do seu valor como mulher?
Original: My Body Isn’t Perfect and I’m Totally Okay With It
Artigo publicado originalmente em GirlDefined.
Traduzido com permissão da autora
Tradução: Júlia Distler
Revisão: Conexão Conselho Bíblico
Conexão Conselho Biblico 