T. Dale Johnson Jr. Criando uma Cultura de Cuidado na Igreja

Uma ovelha não cresce sem o cuidado de um pastor. Um cristão não se desenvolve a parte do cuidado da igreja. Jesus, ao olhar as multidões, teve a clara percepção da realidade espiritual da nação: “elas estavam aflitas e exaustas como ovelhas que não tem pastor” (Mt 9.36). Uma ovelha em campo aberto que está suscetível ao ataque de predadores naturais, a carência de alimento e água, a falta de proteção tanto do sol escaldante como do frio noturno, ficará aflita e exausta. Ninguém melhor para perceber isso do que o Bom Pastor (Jo 10.11).

O Bom Pastor consegue perceber que para o cuidado dessas ovelhas existe a necessidade de pessoas dispostas a apascentar esse rebanho. Jesus chamou a Pedro e pediu a ele que apascentasse Seu rebanho (Jo 21.17). O rebanho é do Bom Pastor! O despenseiro do ministério de cuidado atuará sob a direção de Jesus. Esse despenseiro é tão dependente do Bom Pastor como as ovelhas, pois ele não deixa de ser ovelha também. Contudo, o discípulo viu Jesus agir. Pedro viu Jesus comer. Ele viu Jesus falar. Viu Jesus orar. Ele viu Jesus!

Pedro e todos os outros discípulos que viram Jesus e viveram com Ele iniciaram uma trajetória de cuidado com pessoas que se achegavam ao aprisco onde eles tinham a responsabilidade de apascentar o rebanho. Uma nova ovelha veria alguém que fora apascentado pelo Bom Pastor cuidar dela. Então, essa nova ovelha cuidada anteriormente cuidará de uma nova ovelha que chegará. Essa dinâmica de investimento na vida um do outro jamais acaba (Cl 3.16). Esse é um legado de cuidado criado pelo Bom Pastor e aplicado pelas primeiras ovelhas. É uma cultura de cuidado que permeia a igreja de nosso Senhor Jesus.

Essa cultura de cuidado que deveria permear a igreja de nosso Senhor Jesus, contudo, se esvaiu, para não dizer que se perdeu. O resgate da igreja como esse ambiente onde se desenvolve o cuidado com o discípulo de Jesus está sendo resgatado. Esse resgate passa por um entendimento que o cuidado das almas é uma responsabilidade tanto pastoral como do corpo de Cristo. Por isso, não se resume a um método, mas se define como uma cultura: um modo de se envolver com um irmão ou irmã em Cristo com vistas a vê-lo(a) mais semelhante Aquele que é o Bom-pastor.

Há um elemento dinâmico nesse processo, mas que não e aleatório. É um entendimento de que o cuidado com próximo se desenvolverá ao longo de um envolvimento pessoal em diferentes contextos e para tratar de situações distintas. É uma cultura que cresce em torno de relacionamentos e que ganha força na instrução fundamentada nas Escrituras.

E dessa cultura de cuidado intencional, dinâmica e bíblica, que Dr. Dale Johnson trata em Criando uma Cultura de Cuidado na Igreja. Nas mãos do Bom Pastor que nos molda, estamos cuidando de outros que estão sendo moldados. Dr. Johnson trabalha com a premissa de que a igreja tem a responsabilidade de cuidar das almas e por isso deve criar uma cultura na qual esse cuidado se desenvolve. Esse cuidado é possível por causa dAquele que é o Cabeça da Igreja e nosso Bom Pastor. Mas o Bom Pastor utiliza líderes que investem outros (2 Tm 2.2) a fim de criar na Igreja local essa cultura de cuidado.

Minha oração e desejo é que este livro estimule você a trabalhar na edificação e solidificação de uma cultura de cuidado em sua igreja local. Que você se deixe moldar por Aquele que nos quer ver semelhantes a Ele.